sábado, 11 de junho de 2011

Kaká reforça sonho de vencer no Real, nega saída e diz: 'Jogar sem dor é utopia' .

Melhor jogador do mundo em 2007, ainda pelo Milan, campeão mundial pela seleção brasileira e pelo time italiano, vencedor da Uefa Champions League e com participação em três Copas do Mundo. Poucos jogadores no futebol mundial têm currículo tão vitorioso quanto Kaká, que foi o entrevistado do programa Bola da Vez, da ESPN Brasil, nesta sexta-feira. 

O BOLA DA VEZ COM KAKÁ VAI AO AR NESTA SEXTA-FEIRA, ÀS 21H30, NA ESPN BRASIL
Na entrevista, o jogador do Real Madrid admitiu que ainda não conseguiu repetir no clube merengue o mesmo futebol apresentado na Itália, mas reforçou o desejo de continuar no Santiago Bernabéu na próxima temporada. "Eu sei que o clube investiu e que eu não tenho correspondido a esse investimento. Isso é uma cobrança a mais para buscar esse rendimento. Eu sinto essa responsabilidade e quero ficar no Real Madrid porque quero dar certo lá por vários motivos, e um é esse", disse. 

"Esse é o meu desejo: ganhar tudo o que eu ganhei com o Milan, desta vez com o Real Madrid. Espero que tudo dê certo, essa tem sido a minha motivação", reforçou o meia. "É uma readaptação. Claro que eu quero ser sempre o protagonista. É legal, eu gosto, porque você ajuda de forma mais direta. Esse período que eu não tive o desempenho que eu gostaria eu tinha que entender que não era o meu momento. Eu não tenho problema com ninguém, com o treinador, com os companheiros. O único problema fui eu mesmo. Eu entendia a situação e procurava trabalhar para que esse rendimento voltasse o mais rápido possível."

Questionado se é impossível que um jogador de futebol de alto nível jogue sem sentir nenhuma dor, Kaká foi sincero. "Jogar sem dor é utopia no futebol. Não tem um jogador que jogue sem uma dor numa partida. Antes do lanche, tem uma caixinha de antiinflamatório e cada um vai ali e pega o seu. É muito difícil."
Medo, erros e especulações
Ao contar sobre a sua última temporada, pelo Real, em meio aos problemas de lesão e à recuperação da operação, Kaká admitiu que chegou a temer pelo retornos aos gramados. "Foi um momento muito difícil. Porque realmente vêm muitos questionamentos: como vou voltar, se eu vou voltar e em que condições vou voltar. Quando você opera ou tem uma lesão com 22, 23 anos, é tudo mais fácil. Estou com 29, na média da minha idade como atleta profissional. Muitos questionamentos passaram pela minha cabeça", disse. 

Perguntado se teria se arrependido, em algum momento, de alguma decisão tomada, Kaká citou a possibilidade de realizar a cirurgia logo depois do Mundial de 2010. "Fui a um médico em Los Angeles e o médico falou que teria que operar. Depois fui a um médico belga, que disse a mesma coisa e, num consenso, chegou-se à decisão de operar. Talvez eu tivesse que operar assim que acabou a Copa, ganharia um mês. Talvez, aí sim, eu tenha errado em algum momento", afirma. 

Por fim, o ex-jogador do São Paulo também rechaçou os rumores divulgados nos últimos meses dando conta de que ele poderia até voltar ao futebol brasileiro, mais especialmente ao seu ex-clube ou ao rival Corinthians. "O Ronaldo esteve em Madri, eu jantei com ele, mais por uma relação de amizade, eu estou com ele sempre. Mas ele nunca fez proposta nenhuma (para ir para o Corinthiabns)", diz. "E o São Paulo também não. Sempre tem a brincadeira, mas eu sempre deixei claro que a minha vontade ainda é permanecer na Europa por mais alguns anos." 

"Acho que aprendi. Esse ano eu completei dez anos de carreira e aprendi um pouco a lidar com essas especulações. No Milan era assim também, e agora numa outra situação. Ali era você sendo desejado, agora você não é importante, já é hora de sair do Real... Tive uma conversa com o clube e a comissão técnica. Meu primeiro desejo era não sair do clube. A comissão técnica falou que gostaria que eu ficasse. E o clube falou que não tinha necessidade de me vender", finalizou.

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